No dia 25 de novembro de 2020, o mundo se despedia de uma lenda. Aos 60 anos, Maradona não resistiu a uma parada cardiorrespiratória e morreu em casa. Conheça um pouco mais sobre a história do maior ídolo do futebol Argentino.
Diego Armando Maradona Franco foi um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. Nascido em 30 de outubro de 1960, Maradona começou sua carreira profissional no Argentino Juniors, aos 15 anos. Mesmo muito jovem, o garoto chamava atenção por sua habilidade acima da média e dribles desconcertantes.
Foram cinco temporadas no Bicho Colorado. Ao todo, 166 partidas disputadas e 116 gols marcados, até se transferir para o Boca Juniors, seu time declarado de coração, em 1981. Mas a passagem pela Bomboneira foi curta. Um ano depois, em 1982, o “El Pibe de Oro”, como era conhecido, foi vendido ao Barcelona por U$8 milhões de dólares, maior transferência da história do futebol até então.
Pelo time da Catalunha, Maradona até chegou a mostrar um pouco de sua genialidade, mas sua passagem por lá, não é lembrada por conquistas e títulos. O craque sofreu com diversas lesões, se envolveu em brigas com o elenco, vivia em festas e deu início a um vício que o atormentou pelo resto da vida, as drogas.
Em 1984, aos 23 anos, Diego trocou o Barcelona pelo Napoli, time do sul da Itália, onde foi recepcionado por cerca de 70 mil torcedores no San Paolo, estádio do clube. Naquela época, o campeonato Italiano era considerado o mais competitivo do mundo e contava com diversos craques. Mas o que aquela torcida não imaginava, era o tamanho da história que começava a ser escrita ali.
Nas temporadas de 1986/87 e 1989/90, com o argentino vivendo a melhor fase de sua carreira, o Napoli conquistou seus dois únicos títulos da Série A italiana. Maradona ainda levantou as taças da Copa da Uefa de 1988/89, a Copa Itália de 1986/87 e a Supercopa de 1990. Todas essas conquistas, fizeram do craque, o maior ídolo da história do clube e da cidade.
Em 1992, a carreira de Diego começa a entrar em declínio, o jogador decidiu travar uma batalha judicial com o presidente do Napoli e deixar o time italiano rumo ao Sevilla, da Espanha. Sem sucesso e já afundado nas drogas, Maradona retorna a seu país de origem para defender o Newell’s Old Boys, em outra passagem apagada e longe da forma física ideal.
Pela Seleção Argentina, Maradona foi convocado pela primeira vez em 1977, aos 16 anos, se tornando o jogador mais jovem a vestir a camisa Albiceleste. No ano seguinte, todos esperavam que o jogador fosse convocado para a Copa do Mundo, que seria disputada em solo argentino, mas a convocação não veio. Cesar Menotti, técnico da Seleção, alegou que Maradona não estava preparado e que precisava de jogadores experientes. Anos depois, César admitiu ter errado em não convocar o jogador.
Em 1982 veio a tão esperada convocação de Maradona para a Copa do Mundo. Titular no mundial da Espanha, o craque disputou cinco partidas e acabou sendo eliminado para o Brasil, na segunda fase de grupos. Era o fim da Argentina naquela Copa, mas apenas o início da história de Diego na Seleção.
Quatro anos depois, no mundial do México, Maradona vivia sua melhor fase na carreira, e liderou a conquista do bicampeonato mundial dos Hermanos. Foram repetidas atuações de gala do camisa 10 naquela edição, mas nenhuma delas, será tão lembrada como a partida de quartas de final contra a Inglaterra. Naquele jogo, Maradona marcou duas vezes. Com um toque de mão para encobrir o goleiro, o craque abria o marcador da decisão e protagonizava o gol irregular mais famoso da história. O segundo tento anotado pelo argentino, foi uma verdadeira pintura, não à toa, foi eleito o gol do século.
Já em 1990, Maradona esteve muito próximo de conquistar sua segunda Copa consecutiva, mas acabou batendo na trave ao perder a final para a Alemanha. Derrota dolorosa, que é sentida e lamentada até hoje pelos argentinos. Mas apesar do vice, o camisa 10 protagonizou mais um momento emblemático para o esporte naquele mundial, na partida de semifinal contra a Itália, viu a torcida napolitana gritar seu nome e torcer pela vitória da Argentina, traduzindo tamanha idolatria.
Em 1994, nos Estados Unidos, Maradona disputava aquela que seria sua última Copa do Mundo. Após duas partidas, o argentino foi sorteado para o exame antidoping e testou positivo para a substância efedrina, um estimulante do sistema nervoso e cardiovascular. Como punição, foi suspenso e teve que abandonar a delegação.
As polêmicas sempre fizeram parte da vida agitada do ex-jogador. Em 1991, quando ainda atuava pelo Napoli, foi suspenso por 15 meses após testar positivo para cocaína. Maradona então resolveu passar os meses de inatividade na Argentina e pouco tempo depois, foi preso por porte e consumo de cocaína.
Em 1995, após o final de sua suspensão, o jogador voltou ao Boca Juniors. Em uma passagem bem mais modesta, mas não menos empolgante para o torcedor, Maradona realizava o sonho de jogar mais uma vez pelo clube do coração. Em outubro de 1997, ídolo mundial anunciou sua aposentadoria. Era o fim de uma era e o adeus de um gênio aos gramados.
No dia 25 de novembro de 2020, o mundo todo se despediu para sempre de uma lenda. Maradona não resistiu a uma parada cardiorrespiratória e faleceu aos 60 anos.
Um mês antes de sua morte, o ídolo havia passado por uma cirurgia para drenar uma pequena hemorragia cerebral. Na ocasião, o cirurgião afirmou ser um procedimento simples, mas que havia uma certa preocupação por conta do estado de saúde do craque. Maradona foi liberado oito dias após a intervenção cirúrgica e foi se recuperar na casa de uma de suas filhas.
A notícia do falecimento de Maradona causou comoção mundial. Personalidades do mundo do esporte e fãs do jogador, prestaram diversas homenagens nas redes sociais. O governo argentino declarou luto de três dias.
O velório aconteceu na Casa Rosada, sede do governo argentino, e foi aberto ao público. Estima-se que mais de um milhão de pessoas tenham passado pela sede para se despedir do ídolo. Torcedores, com camisa de vários times, se concentraram durante o dia nas ruas de todo país, entoando canções e reverenciado Maradona, dando um exemplo de respeito e mostrando que não existe rivalidade quando se trata de um ídolo nacional. Na cidade de Napoli, torcedores fizeram uma rua de fogo ao redor do estádio, que passará a se chamar, estádio Diego Armando Maradona, em homenagem ao maior ídolo de sua história.
É o adeus de uma lenda. Para sempre, Maradona! Uma homenagem da KTO Apostas a um dos maiores ídolos do futebol mundial